Ninguém se lembra ao certo como foi
Quando chegava ao mundo
Em menos de 1 segundo
Sua mãe o ar perdeu
Deixando pra trás toda fantasia
De perpetuar família

Mas o menino viveu e
Toni foi o nome que recebeu

Um garoto muito estranho
Introspectivo e calado
Um tanto depressivo, às vezes agressivo
Um ser fora do tempo e do espaço

Não tinha nem um amigo
Pois não sabia brincar
Perdia a consciência, chorava a qualquer hora
Seu mundo era em outro lugar

A vizinhança nunca ajudava
E sempre dizia não
Indiferença e apelidos bobos
Mas Toni precisava atenção
Toni Paranóia então

Um dia jovem saiu de casa
Sem destino ou coisa a__im
Como um cão sem dono, andarilho louco
Encostou num botequim

Não conhecia ninguém
E não sabia conversar
Bebia qualquer coisa, pedia muito mais
Qual era a hora de parar?

Debruçado sobre a mesa apagou
Em completa alucinação
Indiferença e comentários tolos
Mas Toni precisava atenção
Toni Paranóia no chão

Indiferença e comentários tolos
Mas Toni precisava atenção

Foi então que uma menina
Por Toni teve compaixão
Lhe carregou no colo, velou o seu sono
Alguém que lhe estendeu a mão

Mas quando conheceu a alegria
E a vida lhe sorria então
Toni entrou em curto, um colapso nervoso
Que parou seu coração

Pobre organismo fraco e doente
Não suportou tanta pressão
Toni Paranóia já era....

Espere uma outra chance meu irmão

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